Corrente de Reviews – Jisatsu no Circle

corrente_reviews

Meu primeiro ano participando da corrente de reviews e posso dizer que fiquei muito entusiasmada e aflita com a possivel recomendação. A corrente de reviews está no seu segundo ano e foi criada pelo Diogo do blog Anikenkai, com o intuido de aproximar os blogs desse meio de mangás e animes e fazer com que vocês leitores conhecem novos blogs. Preciso dizer que por minha parte esse intuito valeu, porque o que tive que rodar para achar o blog que me fez a indicação. O blog que me indicou Jisatsu no Circle foi: Super Hero Taisen. Confesso que um dos meus maiores medos foi quanto a indicação, mas quando li que foi uma obra que até mesmo já havia lido fiquei bastante contante. Vamos a review…

s6

Sinopse: Jisatsu Circle é um manga baseado no filme homônimo, escrito e dirigido por Sion Sono. A princípio, o manga deveria seguir a mesma história do filme Clube do Suicídio, mas o autor Usamaru Furuya teve total liberdidade para mudar o roteiro. O manga explora o tema responsável pela décima maior causa de morte no mundo: SUICÍDIO. Mais de um milhão de pessoas cometem suicídio a cada ano, sendo que o Japão ostenta um dos maiores índices do mundo. O manga possui uma história dramática, melancolica e um pouco forte (para os desacustumados).

A estória começa com a mesma cena de abertura do filme, onde 54 garotas cometem suicídio em massa pulando na frente de um trem em movimento. Em meio a esse suicídio em massa Saya Kouta, é a única sobrevivente. Logo em seguida conhecemos Kyoko melhor amiga de Saya, que passa a narrar a estória, sob seus vários pontos de vista e tentando entender como Saya chegou a esse ponto, com muitas multilações no corpo e junto a uma seita.

37Na estória narrada por Kyoko, podemos perceber que existe uma grande culpa dela mesma por trás de toda trama de Saya, apesar do problema parecer “recente” o autor faz questão de deixar claro, que pessoas com tendências a suicídio vem tendo problemas bem antes do que se possa imaginar. No caso de Saya, com seu pai doente, ela teve que começar a vender seu corpo e cada vez mais mergulhando em problemas que não conseguiria resolver sozinha e sua única amiga Kyoko passou por momentos em sua vida também, que as afastaram um pouco.

Engraçado é que não consigo deixar de imaginar que pessoas suicídas tem tendências ao estrelismo, nunca vi uma pessoa se suicidar de forma “normal” se mata e pronto. Tem sempre o drama da carta, das ligações e várias outras pistas, é como se na verdade estivesse pedindo pra viver, procurando um motivo a espera de alguém dizer-lhe qual, ou as vezes não. Saya era vista constantemente se cortanto e com essas lacerações a mostra.

20

Em meio a isso tudo Saya conhece Mitsuko-san que tem uma pequena legião de meninas que  veem o suicídio como forma de encontrar a paz. Mitsuko é como uma deusa ( pseudo- ave maria) para essas meninas, que veem nela uma forma de se conectar com elas mesmas, assim fazem tudo que ela pede, incluindo grandes quantidades de dinheiro. Saya passa a vender mais ainda seu corpo, agora alegremente

Em alguns momentos da Kyoko volta no passado e se lembra de suas memórias com Saya, e como ela pode deixar isso acontecer, mas por outro lado podemos perceber que na verdade Kyoko não poderia solucioná-los, talvez amenizar um pouco a dor de sua amiga. Nota-se um certo “ciúmes” de Kyoko em relação a nova amiga de Saya, Mitsuko não só tomou seu lugar como também a mente de sua amiga, na verdade ele sabia do risco dessa amizade, mas não sabia o que fazer.

Interessante o ponto de vista que Kyoko se coloca, entre a cruz e a espada ela já não era mais a melhor amiga de Saya, mas também não queria perder o resto de amizade que lhe restavam. É como se ela tivesse deixado as coisas fluírem para manter Saya por perto e ajuda-la aos poucos.

11O grande foco do manga em questão não é somente o suicídio dessas meninas, mas tratar de amizade, laços familiares – que não existem nesse mangá- o elo que essas meninas acabam criando, como é realizada as seitas e como esse ciclo de suicídio em massa sempre continua. Apesar da arte não ser grande coisa, segue o estilo padrão simples do gore, com cenas “chocantes” de sangue, multilações e sexo.

Faltou muita coisa em Jisatsu Circle, faltou amarrar os personagens a nós leitores. A estória é bastante simples, o enredo básico com alguns mistérios irrelevantes levando em conta o desenrolar de tudo. Os personagens não são carismáticos, não são enfáticos e apesar de estarmos nos pensamentos ou lendo uma estória contada por alguém é como se não houvesse sentimentos, estranho já que o mangá inteiro fala sobre os sentimentos mais obscuros dos seres humanos.

18Apesar de tudo não é o tipo de manga que não recomendaria a leitura, mas é o tipo de manga que agrada um público bem específico, se você leitor não se sentiu incomodado com as fotos siga em frente e leia o manga, depois volte aqui e deixe sua opinião, até a próxima corrente.

Continuando a corrente de reviews, meu blog sorteado foi o blog do Vini um amor de pessoa, e fiquei muito feliz de ter tirado o seu blog Hajimari no Sora e minha indicação foi Higashi no Eden.

14 Comentários

Arquivado em Mangás, Review

14 Respostas para “Corrente de Reviews – Jisatsu no Circle

  1. Saudações

    A temática lançada pela obra vislumbra, mas é bem forte. Mortes coletivas e questões sociais são tratadas com amplitude no filme deste título e, julgando pelo seu post, o mangá adere totalmente a causa citada, Thais.

    Não é meu tipo de obra para recomendação, mas sem a menor sombra de dúvida é um título deveras chamativo.

    Até mais!

    • Como deixei citado no post, não é um tipo de manga para qualquer pessoa ler. Tem que ter digamos “um gosto” para esse tipo de leitura. Até mesmo pelas cenas – que na verdade nem são muitas – fortes.

  2. olá, primeira vez comentando aqui.
    Então, eu havia lido tb o Jisatsu no Circle.
    Eu gostei da temática do mangá e alguns momentos são realmente tensos. Meninas com saias escolares se matando em grupo, muito tenso 0_0
    No geral eu gostei do mangá, só achei o final bem previsível e o traço das personagens feio. Sem contar q os personagens são bem fracos. Mas também são tão poucos capítulos q nem dá tempo pra se apegar a algum personagem.
    Gostei da review, trazendo os pontos mais interessantes da obras mesmo. o/

    • Na verdade não concordo plenamente com essa questão de poucos capítulos para se apegar ao personagem. Se fosse assim one-shots não teriam chance,

      Na verdade o assunto é tenso, mas poderia ter sido melhor trabalhado. E realmente o final era previsível demais.

      • Tabibito-san

        Oi Larissa.

        Não estou vendo meu comentário aqui o.O.Você desaprovou ao ponto de censurá-lo??Se sim,por quê..?

        Tchau.

      • Caralho, foi a primeira coisa que eu disse quando vi seu comentário. Eu não entro aqui no blog todos os dias, nota-se pela falta de posts recentes, então a mesma coisa vale pra comentários.

        Nunca reprovei comentário aquio no blog, não se preocupe e venha sempre com seus bons comentários aqui. Bjs

  3. Tabibito-san

    Hi Larissa!

    Reconheci essa foto pessoal de “Curtir isso:” em algum lugar -alguns lugares?.E no mais,não se culpe,é uma tarefa árdua localizar o ‘Super Hero Taisen’ -eu sei porque aconteceu o mesmo comigo,porém se deseja que não se repita isso. 😐

    De uma maneira ou de outra o manga faz propaganda do filme e vice-versa.Já que li o manga => {…}”leia o manga, depois volte aqui e deixe sua opinião{…}”.Já quanto o tema em si,suicídio,no Brasil ele certamente para o trânsito,o qual não deve ser o inverso do Japão;parecendo que o “Ganbare!/Ganbatte!” dos animes não funciona tanto quanto o difundido… ou então o “Esforce-se!” é pra ser sozinho,contudo na hora que a coisa pega,o esforçado/’herói’ é o
    cordeiro do sacrifício: contrassenso(orfão de hífen).
    E ainda continuando no aspecto de sacrifício/suicídio,um dos episódios de Tenpou Ibun Ayakashi Ayashi(2006/2007) pega numa questão quase que diretamente a gente,que faz pensar refletir na resposta além do impulsivo “é errado!!”.

    Também acho que há progressão no suicídio,entretanto o “estrelismo” não vejo como 100% do aviso do suicídio porque para eles não pode haver dúvida aos que ficaram,sobre o motivo da morte.
    E finalizando,o autor se arrisca na apatia[traço meio preguiçoso tem a ver?],na subjetividade ##SPOILERS## e em deixar que as pessoas entendam a mutilação e demais atos como um forma de dissociar mente do corpo para que esse atinja o clímax da libertação do sofrimento da alma através do suicídio[Argumento não muito válido onde as crenças sobrenaturais são incisivas em punições aos suicidas.].Se o autor botasse alguém assim ficaria mais direto;ao mesmo tempo que
    se ele o fizesse como as tornar tão solitárias.Paradoxo?##FIM DOS SPOILERS##

    Sobre você e o post,deve ter sido a pessoa mais empolgada com a Corrente de Reviews e por consequência uma leitura que instiga.Não sei como redige teus textos,pois é a 1ª visita aqui:{…}”fazer com que vocês leitores conhecem novos blogs”{…},todavia poderia ter optado pela direção certa dos temas mais pesados.Mas não;conduziu o tema geral ambiguamente mais leve do que todo o contexto do manga[Impressões minhas].E embora reconheça erros de pontuação e
    gramática em alguns pontos,não retiro o já dito.

    Tchau!

    • Primeiramente seu comentário está muito confuso, vi que é um bom comentário, só precisei ler várias vezes para entender.

      Enfim também sei que o manga o filme fizeram uma jogada de marketing. Só que a partir do momento que o autor tem total liberdade para criar um obra inspirada no filme e não uma copia, ele podia ter feito algo muito melhor em relação a vários aspectos. O mistério e a “seita” me pareceu muito jogado, meio sem porque. Não precisava de todo esse ar sombrio, já estamos falando sobre suicídios, que por si só já é uma coisa sombria, ele podia ter trabalho a questão de persuadir o leitor quanto ao sentimento de seus personagens, criado um elo que fizesse com que realmente sintíssemos as dores os medos e inseguranças dos personagens, ao invés de simplesmente ler uma estória sobre meninas que cometem suicídio em massa. No final da leitura foi esse o sentimento que obtive.
      Não retiro minha opinião quanto ao estrlismo dos suicídas, independente de seus motivos. Acho que a morte é muito dolorosa para quem fica, ainda mais quem tem filhos que cometem suicídio, não importa quantos motivos sejam citados nas cartas, ou em qualquer lugar que deixem pistas, as pessoas que ficaram nunca vão compreender seus sentimentos.

      Sobre ser ambígua, quis deixar clara a minha opinião sobre o mangá e sobre o que possíveis leitores iram encontrar na leitura. Seja isso bom ou ruim, até porque o mangá não tem somente pontos negativos. Gosto bastante da questão amizade abordada nele, mas acabei focando em outros pontos para escrever a review, pontos mais interessantes.

      • Tabibito-san

        Hi Larissa!(2)

        # Explicações:
        Pelo que achava saber,o formato wordpress deixa o aviso “Este comentário está aguardando moderação”,porém como nada vi;apenas conhecia a presumida simpatia da foto,mas não te conhecia como moderadora.Daí fui ler “https://paradisegekiga.wordpress.com/about/”,para me informar melhor,e me deparei com “(…)e muito menos dona da verdade na questão animes e mangas,justamente por isso criei o blog para dividir opiniões com pessoas que gostem desse mundo tanto quanto eu.(…)”.
        Eu não sei se foi uma nova configuração do wordpress,um “cookie(ou sei lá)” faltando do navegador e/ou tudo mais.Então decidi te perguntar reticentemente e pisando em ovos.E no fim,chegamos a esse pequeno grande mau entendido que me esclareceu.

        Quanto ao jeito que redijo os comentários,bem sei que é diferente do costume da blogosfera porque procuro falar quase na mesma sequência do post,tudo que vejo de essencial naquela hora: a minha linha de raciocínio,informações adicionais pra instigar,de onde conheço a pessoa que blog(se for a 1ª vez que falo com ela),pessoalidades etc.O que acaba gerando camadas de raciocínio ou mais ou menos isso. =p

        E sobre estar “ambígua” no texto,foi só uma forma de dizer que esteve desenvolta num tema pesado.

        Enfim,acho que as informações meio que desencontradas foram só falta de costume de ambas as partes,por assim dizer. o.O Pensarei com deferência no que a anfitriã disse em “não se preocupe e venha sempre com seus bons comentários aqui.”… E por mim está tudo resolvido. XD

        Até logo,tchau!etc XDDD

      • Deu pra perceber que você coloca seus falas em tempo real, como se estivesse falando comigo, vai escrevendo o que vai pensando. Só tente dar uma lida no que escreveu depois e deixar o comentário linear.
        Depois de um tempo se acustuma com minha forma de escrever.

        Bjs, até.

  4. Quem nunca pelo menos uma vez na vida, já não considerou se matar… quando entra num metrô abarrotado de pessoas, especificamente à linha 4 – amarela.
    Fora à brincadeira, talvez seja uma obra que nos faça refletir sobre à vida. Com certeza é uma ótima história de horror, li o mangá mais de uma vez; não acredito que diga algo de casos reais de suicídio; “Jisatsu no Circle” é-bem ficção.

    Já eu vou no contra-ponto da Larissa. Recomendo a qualquer um ler. Faça um esforço e leia; mas sai da mesmice. Obras assim, é que me impedem de cometer suicídio. E já aproveita e leia também The Music of Marie, do mesmo mangaká.

    Legal essa Corrente de Reviews.

    • Já li The Music of Marie e quando soube que era do mesmo mangaká quase não acreditei, como ele pode fazer duas obras completamente diferentes e com um estilo de desenho também diferente. Apesar disso acho Marie, milhões de vezes superior a Jisatsu no Circle, em vários sentidos. Mais pra frente pretendo fazer uma review de The Music of Marie, mas só falta coragem mesmo.

      Quanto a Jisatsu no Circle acho que o autor quis sim retratar um pouco da situação atual do Japão,l se tratando de suicídio em massa e como alvo principal os jovens, o que matou mesmo na minha opinião foi a “seita”.

      • Se ele tinha essa intenção, não conseguiu, é muito fantasioso os acontecimentos. Já na adaptação mandou muito bem, o manga é melhor que o filme, e o filme não é ruim.
        Acho que A música de Marie vai ser à obra máxima do Furuya, não vejo ele criando algo melhor. Uma review dessa obra seria ótima, é um bem publico que você presta, muitas pessoas lendo-a seria de mais.

      • Estranhamente também não vejo esse autor fazendo mais nada bom, além de The Music of Marie.
        Filme japonês pra mim é sempre cagado, são poucos os que assisti e gostei.

Deixar mensagem para Larissa Cancelar resposta